quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Ficha Técnica

Nome do espetáculo: ESOAMORAPENASEU
Duração: 50min
Gênero: Contemporâneo

Censura: 14 anos
Direção: Pedro Cameron
Texto: Baseado nos poemas de Cássio Junqueira
Atuação: Rico Malta
Concepção de cenografia, trilha sonora, luz e figurino: Pedro Cameron
Confecção de figurino: Antrato Rouparia
Projeto Gráfico e ilustrações: Bruno Garcia
Fotos: Bruno Lemos
Produção executiva: Alcides Peixe e Ricardo Gamba
Realização: Vixe Maria Produções Artísticas

Fotos




Teaser

http://www.youtube.com/watch?v=DjuqjBE_Htc

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Roteiro

Roteiro – esoamorapenaseu

Cena 1 - Gravações em off – O que é o amor.

Cena 1.2 – INTRODUÇÃO – É SÓ AMOR

Parece felicidade,
Parece tristeza,
Parece alegria,
Parece que dói,

Dá tanto prazer,
Parece que dá medo,
Parece que cansa,

Parece que é tudo
E é só amor.

Cena 2 – O QUE ME FAZ QUERER MORRER + Música HEAVY METAL

Mas no amor, o que me faz querer morrer é não conseguir me comunicar. Sabe quando você quer falar algumas coisas pra pessoa mas parece que algo maior que você não permite, não deixa. É como se eu tivesse a quilômetros de distância e tendo que gritar ferozmente as palavras mais belas, mais intensas. Como quando alguém não atende o telefone naquele momento mais importante. Naquele momento que você quer se declarar, que você quer resolver uma briga, pedir desculpas ou simplesmente gritar para os quatro cantos... Isso é com amores, amigos, familiares...
Não sou melhor nem pior do que ninguém, sou apenas eu. Só agrido pra me defender. Não pisa no meu calo, que eu não me calo, eu grito.
Invadiu, levou.
Respeito é bom e eu gosto.

Cena 3 – PROCURA PELAS CAIXAS – Música “Boy Coope”

Cena 3.1 – O QUE ME FAZ FICAR SEM PALAVRAS + INCURÁVEL AMOR ROMÂNTICO

Lembra quando falou que devíamos ser infelizes juntos pra sermos felizes?  Considere uma prova do quanto te amo eu ter passado tanto tempo tentando fazer essa ideia dar certo.
Ontem me chamaram ‘romântico’, como se me insultassem ou se eu fosse errado. Mas, outro dia, um amigo me levou a um lugar incrível. É um dos locais mais sossegados e solitários de querendo um amor pra sempre, em que a vida se resuma, duas vidas em uma, essa coisa de alma gêmea.
Todos queremos que as coisas permaneçam iguais. Aceitamos viver infelizes porque temos medo da mudança, que as coisas reconstruído, e me tranquilizei.  Talvez minha vida não tenha sido tão caótica. Me deixa acreditar, isso é direito, e ainda que faça mal a alguém, ou a mim, não sei. 
reconstruído, e me tranquilizei.  Talvez minha vida não tenha sido tão caótica. Me deixa acreditar, isso é direito, e ainda que faça mal a alguém, ou a mim, não sei. O mundo que é caótico, e a única armadilha real é nos apegarmos às coisas.  A ruína é uma dádiva. A ruína é o caminho que leva à transformação. Tudo vai dar certo no final, se não der certo, pelo menos vai ser engraçado. Me deixa acreditar, que eu quero é ser assim. Você não faz ideia de como é forte o meu amor.




Cena 4 – COREOGRAFIA – Música “Ça valait la peine” (“Valeu a pena”)
-          Movimentos pequenos, singelos, do tamanho do corpo.

Cena 5 – MOMENTO ÁGUA.

Cena 6 – COREOGRAFIA – Música – “Zelig’s Plums”
-          Beijo bem dado

Cena 7 – QUAL MEDO ME PARALISA?
Eu não acho, mas meus amigos dizem que meu medo é de ficar sozinho... falo que não porque acho que sempre fui sozinho, mesmo quando eu morava com minha família, estava sozinho, eu tinha que cuidar de todos os problemas, de todos até hoje, sempre... Dos amores sempre cuidei, amigos sempre cuidei, família sempre cuidei. Pode ser a necessidade de cuidar de alguém ou até mesmo ter um filho sem mesmo querer ter, ou não saber ser cuidado. Aí a necessidade de cuidar de alguém... ter alguém... não sei.


Cena 8 – COREOGRAFIA – Música “CQ Theme”
-          Medo que me paralisa
-          Movimento interiorizado. Vetor superior.
-          Toque em si mesmo (cuidar).

Cena 9 – HISTÓRIA DE UM RELACIONAMENTO.

“Vou tentar te dizer, sem palavras, o que estou sentindo.” E então ele olhou nos olhos dela procurando expressar tudo aquilo que não sabia explicar. Ela ficou ali parada, tentando compreendê-lo. E, de repente, ela estendeu a mão.
Marcos havia lido em algum lugar que os sentimentos são mais fortes e sinceros quando nem sequer podem ser traduzidos em palavras. Isso o havia tranqüilizado, pois fazia dias que ele se encontrava com Nara, não conseguia dizer mais do que o necessário para os cumprimentos e fugia da presença dela.

Roma. A cidade cresceu ao seu redor ao longo dos séculos. O lugar é como uma ferida, um coração partido ao qual você se apega pois a dor é boa. E eu, como tenho sofrido como se só eu sofresse, às vezes me deixo atingir, fico confuso, não sei como agir, como quando me dizem ‘você parece abatido’. Mas continuo 
Nara, por sua vez, percebia todo o movimento do rapaz. E não entendia bem. Houve até uma tarde em que ela lia um livro, sentada num banco no bosque do colégio, quando ele veio em sua direção. Sem olhar, ela percebeu. “Deve ser bom esse livro, hein?” Ela olhou para ele. E ele, meio sem jeito, continuou: “É que você está tão concentrada...” Ela sorriu, mas ainda sem dizer nenhuma palavra. “Que livro é?” E ela lhe mostrou a capa. O livro era de um autor francês e Marcos ficou ainda mais interessado pela moça. É que ele só lia autores nacionais, exceto pela poesia de Fernando Pessoa, que ele já sabia de cor, e por um ou outro livro que lhe tivessem sido indicados pelos amigos. Tudo em Nara parecia convidá-lo para um mundo novo. E mais que isso, para um mundo novo que ele queria. Mas, depois de ver a capa do livro, o máximo que conseguiu foi dizer: “Ah, não conheço.” E se retirou.
Na noite daquele dia, ele não conseguiu dormir direito. Sonhou coisas desconexas, ficou agitado todo o tempo. Não sonhou nenhuma vez com Nara. Mas sabia que toda aquela agitação tinha a ver com ela de alguma maneira. A confirmação veio no dia seguinte.
Estavam todos os alunos do colégio na lanchonete comemorando o final das aulas. Nara viu quando Marcos se aproximou. Ele havia lido em algum lugar que os sentimentos são mais fortes e sinceros quando nem sequer podem ser traduzidos em palavras. Ainda de cabeça baixa, ele disse: “Vou tentar te dizer, sem palavras, o que estou sentindo.” E então ele olhou nos olhos dela procurando expressar tudo aquilo que não sabia explicar. Ela ficou ali parada, tentando compreendê-lo. E, de repente, ela estendeu a mão.

Cena 10 – COREOGRAFIA + GRAVAÇÃO – Música “Les Polês”
-          Movimento retilíneo com foco.

Cena 11 – ENQUANTO OUVER SAUDADE

Eu tenho saudades de amores, de pessoas que passaram em minha vida, tenho saudades de meu pai, as vezes me pego a pensar no meu pai... Mas logo a saudade vai embora só de pensar que terei que escutar e resolver tantos problemas que tenho preguiça. Tenho saudades de coisas, pessoas, momentos que não mais voltarão. Tenho saudades daquilo que poderia ter sido, mas não foi...

Enquanto houver saudade,
Há um pouco de vontade
De estar ali outra vez.

Outra vez, o seu cheiro.
Outra vez, a sua pele.
Outra vez, o seu gosto.
Outra vez, seus mistérios.
Outra vez, seus encantos


Cena 12 – COREOGRAFIA – Música – “Swalufu”
-          A saudade eu sinto aqui...

Cena 13 – ENCONTREMO-NOS AO LUAR



ELE
Façamos um trato:
Encontremo-nos ao luar.
Olharei a lua e pensarei em ti
E estarei contigo.
Olharás a lua e pensarás em mim
E estarás comigo.
Será assim em qualquer lugar,
Em qualquer lugar sem mim,
Em qualquer lugar em que estivermos os dois.
Sente a minha presença,
Que eu sentirei a tua,
Sempre que estivermos à luz da lua.
ELA
Mas e se a lua faltar?
E se não houver luar?
ELE
Sirvamo-nos da luz das estrelas,
Mesmo da maior delas, da luz do sol.
ELA
Mas se não houver luz?
ELE
Sirvamo-nos da escuridão,
Encontrar – nos – emos mergulhados nela.
Mas não sejamos nunca separados,
Por nenhuma ausência,
Exceto pela ausência,
Pouco provável,
De um de nós dois
ELA
Vento que move a cortina
Me lembra você,
Luz de abajur
E lá fora talvez luar,
Silêncio de amadurecer
E fruta solta no ar,
Nenhum trim... ou trem ou som
Que ouse soar.
O tempo parado, perdido, incolor,
Ocupa o desvão desse qualquer lugar,
Como se o que é de fato, não há.
Se é melhor
Ficar só,
Não sei
ELE
Talvez
Sair
E alguém
Me achar.
Talvez
Você.
ELA
Olharei a lua e pensarei em ti
E estarei contigo
ELE
Olharás a lua e pensarás em mim
E estarás comigo.



Cena 14 – COREOGRAFIA – Música – “Zelig’s Plums”
-          Beijo bem dado 2.

Cena 15 – QUANDO EU CHORO EU VOU...

            Só a pessoa sabe o que tem por dentro.

Cena 16 – CIRANDA CIRANDINHA

-          Gravação.